Cultivo de orquídeas em brita

As britas tem uma grande variedade de utilizações, como cobertura para estradas e passeios, formação de drenos e, inclusive, como substrato para muitos gêneros de orquídeas. Não apenas para a drenagem no fundo dos vasos, mas como a totalidade do substrato.

Granulometria

Compradas em lojas para materiais de construções, podemos encontrá-las de várias cores: cinzas, rosadas, esbranquiçadas e até pretas. Também possuem várias granulometrias, específicas para diferentes funções, conforme classificação a seguir.

– pó de pedra – de 0 a 3 mm
– 
pedrisco – de 3 a 5 mm
– 
brita 0 – de 5 a 12 mm
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brita 1 – de 12 a 22 mm
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brita 2 – de 22 a 32 mm
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brita 3 – 32 a 62 mm
– 
brita 4 e 5 – de 62 a 100 mm

Vantagens do uso de brita no cultivo de orquídeas

– Pode-se dizer que a maior vantagem sobre substratos orgânicos é o fato de não se decompor. Nos cultivos convencionais é preciso trocar de vaso a cada 2 anos, sempre com traumas para a planta. Usando brita esta troca de vasos ocorreria apenas quando este estivesse danificado ou a planta precisasse de maior espaço ou ser dividida.
– Sendo um material inerte, as pragas e patógenos desaparecem, não encontrando meio adequado para seu desenvolvimento.
– O perigo de encharcamento por excesso de regas ou chuvas diminui pois a drenagem é muito rápida.
– Como a brita é composta de partes grandes, a aeração é excelente, diminuindo o apodrecimento de raízes
– É um material barato.

Aspectos a considerar

– Por reter menos umidade, as regas poderão ser em maior número. Apesar que a secagem da brita não é tão rápida como dizem. Basta fazer a experiência de colocar um vaso com brita na chuva e 2-3 dias após ainda haver umidade no interior do vaso. De qualquer forma, nunca deixo de molhar menos de 2 vezes por semana naquelas plantas que estão em ambiente coberto. Para os vasos que estão no sombrite, precisa-se estar sempre atento ao tempo. Se não chover na semana é preciso molhar. Em períodos muito secos ou quentes, molhar a cada dois dias ou até diariamente.
– Vasos que estão fora do sombrite, sujeitos ao sol direto, precisam ter as britas cobertas por uma fina camada de esfagno pois, caso contrário, acarretará em aquecimento excessivo das britas podendo queimar as raízes. Já sob telas com 50% ou mais de sombreamento não acontece este problema.
– Brita é um material pesado. Assim, ao utilizar este sistema é bom considerar as bancadas que irão suportar os vasos. E, no caso de recipientes pendurados, os arames tem de ser mais resistentes. Uma saída é o uso de argila expandida no fundo dos vasos para diminuir o peso. Em compensação, não é qualquer vento que irá virar um vaso.

Como proceder

– O tamanho da brita , conforme classificação acima, seria a nº 1, no máximo a 2. Na parte de cima colocar uma pequena camada de pedrisco, o que impede que adubos granulados orgânicos lixiviem rapidamente.
– Ao comprar a brita, obrigatoriamente, é preciso lavá-la com bastante água corrente para eliminar resíduos inadequados. A brita também poderá ser reutilizada no futuro, desde que bem lavada e limpa com substância clorada.
– A colocação da planta no vaso segue os mesmos critérios usados para outros substratos. Plantas de crescimento simpodial devem ter a parte traseira encostada na parede do vaso. E as monopodiais plantadas no centro.
– As espécies que podem ser cultivadas em brita são os gêneros Cattleya, Laelia, Dendrobium, principalmente. Mesmo Phalenopsis, Brassia, Miltônia, Maxilaria, Cyimbidium, híbridos e até algumas micro orquídeas parecem bem depois de 1 ano de observações, inclusive florindo.
– Até a planta se fixar totalmente é bom sustentá-la com um pequeno tutor e / ou arame.
– A adubação orgânica (mamona + pó de basalto) a cada 3 meses e NPK a cada 15-20 dias.

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